"Eu sou o samba, a voz do morro
sou eu mesmo sim senhor.
Quero mostrar ao mundo que tenho valor,
eu sou o rei dos terreiros.
_Eu sou o samba...
sou natural aqui de São Paulo mesmo!"
Zé Keti
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É sabado... e não preciso fazer muito para saber disso.
Sabado os dias são sempre mais longos, prazerosos... irretocaveis!
Até a natureza e o ambiente ajuda... sempre um dia ensolarado ou um dia de frio aconchegante.
Sabado é dia de pouca roupa... muitas pernas, garotas lindas desfilando seus colos nús, seus lindos rostos. Saias rodadas, pernas torneadas. E os braços... das morenas, das loiras, aonde nós... meros e carentes homens das cidades desejamos sempre estar!
Sabado o dia nasce já cedo... e não é sexta feira, que a festa começa de noite, nem domingo que o descanso começa cedo.
É sabado... eu sei, eu sinto e vejo com meus olhos, sem precisar olhar calendarios!
Sabado acabam-se todas as dores, preocupações e sofrimentos. A gente vive no sabado... tudo que não fizemos nos outros dias.
Olhos vorazes a olhar as pernas lisas e os ventres inocêntes e acolhedores das morenas. Os braços fortes e a sagacidade das loiras. A beleza natural das mulatas. Isso só o sabado nos revela... pois temos olhos famintos no sabado.
Famintos de sedução feminina. Famintos de amizades... aliás... nos sabados as amizades são fortificadas quase que 200% do que nos outros dias costumeiros.
A verdade é... quem não adora sentar-se ao lado do grande amigo no sabado, uma garrafa estupidamente gelada de cerveja e um papo furado.
Cantava Chico Buarque:
"...sei que alguém vai sentar junto,
você vai puxar assunto,
discutindo futebol.
E ficar olhando as saias,
de quem vive pelas praias
coloridas pelo sol.
Vem a noite mais um copo,
sei que alegre Ma Non Tropo
você vai querer cantar!"
E o nascer do sabado também se basea no samba.
"Aí corre e o olha o céu... que o sol vem trazer bom dia!"
Ou alguém tem dúvida que essa parte da música do Cartola (Corre e olha o céu), ele não fez numa manhã de sabado?
Eu não tenho a minima dúvida.
Assim como no fim de uma semana estuperfata e cansativa também, ele escreveu assim:
"No fim da tempestade,
o sol nascerá.
Fim desta saudade,
hei de ter outro alguém para amar!"
E então no sabado a gente esquece... esquece... até dos próprios nomes de amores, de amigos, de nós mesmos... pois não somos nós quem levamos o sabado adiante e sim ele que nos conduz.
E assim deixamo-nos conduzir... até que chegue o tristonho e cansado domingo...
Ass. César Homero Silveiro